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O Spotify, assim como outros serviços de streaming, aparece como uma alternativa legal de ter acesso a conteúdos musicais por um custo baixo. Uma das grandes questões que sempre esteve presente na industria musical é a questão dos direitos de autor (copyright). No Spotify é muito difícil de fazer upload de música sem deter os direitos de autor, uma vez que o artista não pode publicar por si. O Spotify tem contratos com editoras discográficas de modo a prevenir o problema de copyright. Assim, quando um artista quer por a sua música no serviço tem basicamente duas opções. Se estiver associado a uma editora discográfica, esta faz o upload por si. Caso contrário, o Spotify tem contratos com algumas empresas, as quais o artista se pode associar, para fazer a distribuição da sua música. Após esta a associação, é a empresa que gere os royalties do artista. O copyright é uma das prioridades deste serviço de streaming, pelo que se for detentor de direitos de autor sobre algum conteúdo e detetar alguma irregularidade, há um formulário disponível online no qual pode apresentar a sua reclamação de modo a que o caso possa ser analisado [22].

O conteúdo do Spotify está também protegido com a gestão de direitos digitais (GDD). A gestão de direitos digitais é uma tecnologia que define as condições que limitam a partilha de algum conteúdo digital como música. As condições da GDD são estipuladas por quem detêm os direitos de autor do conteúdo. Esta tecnologia é uma tentativa de impedir a partilha ilegal de conteúdos digitais e está feita para ser de difícil remoção. No caso do Spotify, ou de outros serviços de streaming, está presente na medida em que limita o tempo de disponibilidades dos ficheiros descarregados. Assim, o utilizador só tem os seus ficheiros disponíveis enquanto paga a sua mensalidade. Quando cancela a subscrição deixa de poder reproduzir o ficheiro [23]. Em adição, só permite o uso dos conteúdos dentro da aplicação. Este é um aspeto bastante apreciado pelos artistas e editoras, embora haja algumas queixas dos utilizadores por não poderem ter acesso aos conteúdos que descarregaram no período em que pagaram para ter acesso.

Embora o Spotify tenha um grande foco em proteger os conteúdos que disponibiliza, são várias as críticas e os processos que já teve de enfrentar. Um exemplo da dimensão e fragilidade do problema que é o copyright para a indústria musical é o processo que o serviço de streaming enfrentou em 2013. Nesse ano o grupo Ministry of Sound, detentor de vários álbuns de compilações de música, processou o Spotify devido a algumas das suas playlists. Foi reportado pela empresa a existência de playlists que tinham as mesmas músicas e a mesma ordem que os seus álbuns. A questão essencial neste processo é que o Spotify estava protegido legalmente para fazer streaming de todas as músicas individualmente, mas as playlists podiam violar o copyright [24].

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