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O modelo de negócio do Spotify, a nível de receitas para a empresa, é denominado modelo Freemium e assenta principalmente em duas componentes: a versão gratuita é suportada através de anúncios entre músicas enquanto que a versão Premium, como explicado anteriormente, tem uma mensalidade fixa. A nível de pagamentos a entidades, é difícil ter uma noção de valores uma vez que estes dependem bastante. Ao contrário das plataformas de download de músicas em que é fixado um preço por uma música ou álbum, no Spotify o pagamento depende do número de vezes que é feito o stream de uma música em comparação com todos os streams feitos. Em adição, o artista não é a única entidade a receber. O pagamento de royalties, por mês, passa então pelos seguintes passos:

  • Calculam-se as receitas do serviço de streaming;

  • As editoras discográficas têm normalmente uma percentagem fixa definida, sendo assim as primeiras a receber;

  • Os PROs (performance rights organization), responsáveis pelo copyright, recebem normalmente também uma percentagem fixa;

  • Entre 15-30% fica para o Spotify;

  • Neste momento há normalmente 40% que sobra, sendo que ainda se tem de pagar aos artistas, compositores e distribuidor;

  • Com as receitas que sobram é feito o seguinte cálculo para chegar ao valor a pagar ás três entidades que faltam: [(receitas que sobram/número total de streams feitos no serviço) *número de streams feitos pelo distribuidor]. O valor é entregue ao distribuidor que paga posteriormente os royalties tanto ao artista como ao compositor. [19]

 

Como se pode perceber, o pagamento a um artista é um processo bastante complexo o que não permite calcular o valor exato. Existem algumas estimativas feitas que dizem que o valor está contido no intervalo entre 0.005077 e 0.006769 euros por stream [20].

Segundo os dados mais recentes, o Spotify ainda não é uma empresa lucrativa. Dada a sua enorme expansão desde a sua criação seria de esperar que tal acontecesse, mas não é o caso. A empresa declarou que em 2016 fez 2.9 biliões de euros, no então 2.5 biliões de euros desta receita foram para pagar direitos, editoras, entre outros. Com isto, o restante dinheiro que sobrou não foi suficiente para pagar o desenvolvimento, marketing e despesas administrativas, deixando a empresa com um prejuízo de 350 milhões de euros [21].

Nos dias que correm o marketing está bastante presente no mundo empresarial. O Spotify não é excepção e algumas das suas campanhas já obtiveram bastante reconhecimento. No ano de 2016 a companhia teve mesmo uma das suas campanhas até premiadas. Foram lançados nas ruas alguns cartazes que brincavam com a utilização do serviço por parte dos clientes e algumas polémicas da altura. 

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